Confesso que não planeava juntar-me ao Victober 2018 (leitura partilhada de tudo vitoriano), mas entre esse relembrar da autora e da obra, acrescido do facto de se ter recentemente assinalado os 200 anos de nascimento da
Emily Brontë, tenho considerado a hipótese de reler
Wuthering Heights.
A verdade é que o li há muitos anos e sem ficar particularmente impressionada. Pergunto-me se uma releitura, me traria uma perspectiva diferente da obra.
Eu nunca fui uma leitora dada a releituras. Na verdade, sempre fui da opinião que há demasiados livros bons para gastar tempo a reler. Recentemente, mudei de ideias.
Acho que foi a Cláudia e o seu
Clube dos Clássicos Vivos, que me levando a revisitar Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco, me incutiu esse bichinho.
Mas também, os últimos três anos de leituras mais intencionais, que trouxeram uma perspectiva diferente e a necessidade de rever algumas obras e autores, que até agora havia relegado para segundo plano.
Comecei por ler mais diversamente, que me levou a afunilar as leituras para um ano só de mulheres e depois outro só de autores/as lusófonos/as. Sinto, sinceramente que tudo isso me ensinou a ler "melhor"
Gostaria de ter tempo para ler
O Professor, o primeiro romance de
Charlotte Brontë, mas a minha prioridade é ler e devolver um livro que me emprestaram.
E como detectei uma ausência flagrante de poesia nas minhas leituras, não me posso esquecer de uma das mais recentes aquisições.
Tantos livros, tão pouco tempo.