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Por vezes, aparecem aqueles livros que estão há anos na nossa TBR e, depois de lidos, ficamos a pensar nas outras centenas de livros absolutamente maravilhos que nos aguardam.
The Zolas, é um deles. Há dois anos na minha lista de responsabilidades da NETGalley, estava por ler, esta novela gráfica da prestigiada Europe Comics, é uma pequena jóia.
The Zolas, tem arte de Alice Chemama e texto de Méliane Marcaggi e acompanha a vida de Émile Zola, desde o momento em que conhece a sua futura esposa - Alexandrine, até à sua eternização no panteão francês.
A história começa, precisamente com Édouard Manet a pintar o seu (escandaloso) Dejeuner sur l'Herbe que, mais tarde seria exibido no Salon des Refusés, onde eram expostas as obras de arte recusadas no salão oficial, que era destinado aos artistas membros da Real Academia Francesa de Pintura e Escultura.
Alexandrine é a modelo que se vê ao fundo, a banhar-se no rio.
A novela desenrola o relacionamento de ambos, desde os seus primórdios, em que Alexandrine se destaca como impulsionadora da carreira de Zola, com recursos e inspiração para as suas personagens da saga Os Rougon-Macquart, de onde se destaca a obra Germinal, considerada a sua Magnum Opus.
Infelizmente, a sua dedicação é retribuida com infidelidade e dois filhos ilegítimos (dele), que ela viria a assumir depois da morte do autor.
É um livro interessantíssimo que acompanha um período aureo da arte franscesa e que acompanha a vida do autor, que vai sendo pontuada pelas suas obras.
Decididamente, fiquei contagiada com a vontade de ler Émile Zola, que melhor conhecia pelo seu J'accuse, relacionado com o caso Dreyfus e culminou na sua condenação por difamação e subsequent exílio.
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