Eu também quero liberdade de expressão numa grande editora, pode ser?

Blake Bailey viu a editora WW Norton retirar de circulação a sua biografia de Philip Roth, na sequência de acusações de abuso sexual. Abriu-se caminho para a discussão de um segredo aberto no mundo literário americano: as cláusulas de moralidade que, alegam associações como a PEN America, podem limitar a liberdade de expressão dos escritores.

Daqui

Há muito boa gente que confunde liberdade de expressão (um direito protegido constitucionalmente), com a possibilidade de ter ou não um contrato de publicação.

É que são coisas muito distintas.

Bem ou mal, há milhares de escritores ou pseudo-escritores a desejarem ser publicados por uma editora de renome.

E isso, para desespero de muitas/os, não é um direito protegido pela lei. Não, querida, não podes exigir que a Porto Editora te publique o diário do terror que passaste no trabalho, por causa da perseguição da chefe. Recusar-te não constitui violação do direito de expressão. Podes expressar-te no café, no Facebook, na mercearia da D. Rosa.

E neste mundo capitalista, uma marca não gosta de se ver associada a alegados violadores. É coisa para dar mau aspecto.

Por isso, vamos recapitular:

Liberdade de expressão = Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

Direito a um contrato de publicação de um livro - não há

Carlos Ruiz Zafón

Todos os livros possuem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele.

Carlos Ruiz Zafón, A sombra do vento

 

 

Morreu o escritor Carlos Ruiz Zafón, autor de "A Sombra do Vento"

Tetralogia "Cemitério dos Livros Esquecidos"

A sombra do vento
O jogo do anjo
O prisioneiro do céu
O labirinto dos espíritos

C-O-M-U-N-H-Ã-O

Nos EUA, o concurso nacional de soletrar tem imensa popularidade, com direito a directo em horário nobre.

Este ano, 8 crianças empataram. Das 8 crianças, 7 eram de ascendência indiana.

O júri ficou sem palavras para os desempatar e acabaram, cada um, a ganhar 50 mil dólares (em vez de dividir o prémio monetário).

Eu fiquei pelo caminho, na primária, com a palavra comunhão (que não tinha dois "u").