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Há certos tipos de clichés característicos de determinados géneros de ficção. O "vilão sem medo" para o melodrama e o "cadáver na biblioteca" para o romance policial. Levei anos a amadurecer a possibilidade de uma "variação sobre um velho tema", que me parece adequada. Impus a mim própria algumas condições. A biblioteca em questão teria de ser altamente ortodoxa e convencional. Por outro lado, o cadáver seria obrigatoriamente enquadrado num índice de improbabilidade e sensacionalismo.
Decidi ler este livro (que possuo na estante, mas que preferi ouvir em audiolivro) por recomendação de Steve Donoghue para o March Mystery Madness, um desafio literário com o objectivo de explorar um género literário que muitos consideram menor: policiais.
Graças à colecção Vampiro Gigante, passei a adolescência a ler Agatha Christie e o seu Poirot, mas realmente li muito pouco da Miss Marple.
Na biblioteca do coronel Arthur Bantry é encontrado um cadáver de uma jovem loura. O estranho é que ninguém conhece a jovem e menos porque o seu cadáver foi aparecer na biblioteca da família.
Um dos meus elementos preferidos foi o cinismo da Miss Marple e o rebuscado enredo. Mas esse "rebuscado" está demasiado próximo do inverossímil para o meu conforto.
Para mim, um bom policial surpreende, precisamente pela verossimilhança da resolução que nos escapou.
Descobri uma adaptação para BD que adorarei ler.
Costumam ler policiais?
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