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As efemérides são sempre uma boa desculpa para associar livros a datas especiais.
Em especial, na não ficção já que podemos contar com informação adicional, por parte da comunicação social, por essas datas.
Por exemplo, Maio é um excelente mês para ler livros de autores/as de língua portuguesa, seja qual for a sua nacionalidade.
É que há datas em que a língua portuguesa, tem um destaque especial:
1 de Maio - Dia da Literatura Brasileira
5 de Maio - Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona
21 de Maio - Dia da Língua Nacional
E porque não, escolher um/a autor/a que nasceu em Maio?
José de Alencar (1), Luiz Pacheco (7), Maria Teresa Horta (20), Ferreira de Castro (24), Ruben A. (26), Manuel Teixeira Gomes (27).
É também em Maio que podemos encontrar datas relacionadas com os PALOP, unidos pela língua portuguesa:
13 de Maio - Dia Mundial da Abolição da Escravatura
19 de Maio - Timor-Leste torna-se um Estado independente
25 de Maio - Dia de África (fundação da Organização da Unidade Africana)
E se ainda assim não estão convencidas/os, deixo outras efemérides assinaladas em Maio, que podem inspirar inúmeras leituras:
3 de Maio - Dia Internacional da Liberdade de Imprensa
4 de Maio - Dia Internacional do Bombeiro
9 de Maio - Dia da Europa
12 de Maio - Dia Mundial do Enfermeiro
15 de Maio - Dia Mundial da Família
17 de Maio - Dia Internacional contra a Homofobia
17 de Maio - Dia Mundial da Sociedade da Informação
18 de Maio - Dia Internacional dos Museus
26 de Maio - Dia Nacional do Bombeiro
Que livros recomendam?
Uma cidade galvanizada por uma corrente de comum amor. É um deslumbramento! A amada é a libérrima Maia. Os trabalhadores requisitaram-na aos prados para a empregarem no barro austero da sua Madona. Mas hoje a modesta Mãe dos obreiros despe a túnica de estamenha e, esplendidamente nua, regressa aos ímpetos silvestres da sua juventude. Em desatada alegria o povo liberto a celebra. Uma gigantesta manifestação rompe da Alameda Afonso Henriques e, num só passo de dança, pelas ruas em festa a conduz com seu pífaro bêbado ao Estádio agora chamado 1º de Maio. (...)
Um só sentimento religa a multidão. Funde a pluralidade ideológica expressa na diversidade dos dísticos. Uma única e exaltante vivência: liberdade.
Da boca da minha mãe sempre ouvi o mesmo. No Porto, o 25 de Abril foi mais um momento de apreensão, que um grito de libertação, pelo menos para a generalidade das pessoas.
Nesse dia chegou ao trabalho e o patrão mandou todas as funcionárias para casa, porque estaria a decorrer um golpe de Estado e temia pela segurança das dezenas de mulheres, que agora se encontravam demasiado próximas do edifício da Rua do Heroísmo (Porto), onde funcionava a delegação da PIDE/DGS, agora Museu Militar do Porto.
Por isso, no Porto, a festa do 25 de Abril fez-se no dia 1 de Maio.
Mas o 1º de Maio... isso é que foi uma festa como nunca vi. Um mar de gente, uma celebração como nunca se viu...
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