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Graças à compilação feita pela Cláudia,  pude rever a lista de livros do Desafio Rory Gilmore e seleccionar apenas os livros por escritoras.


Eliminei livros sem autores (guias) e com co-autorias com participações masculinas. Total: 107 de 339. Desses 107 faltam ler 99.


Livros que sei que li, mas que não guardo memória deles, decidi colocá-los como não lidos.


 


Lidos (8 de 107):


O Diário de Anne Frank de  Anne Frank; Bel Canto de Ann Patchett; Frankenstein de Mary Shelley; Orgulho e Preconceito de Jane Austen; Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen; Rebecca de Daphne du Maurier; O Monte dos Vendavais de Emily Bronte; Não Matem a Cotovia de Harper Lee 


 


Não lidos:



O Despertar de Kate Chopin
A Campânula de Vidro de Sylvia Plath
Amada de Toni Morrison
Sete mares e treze rios de Monica Ali  


Os Melhores Contos de Eudora Welty
Contos de Dorothy Parker
A Filha da Fortuna de Isabel Allende


Eva Luna de Isabel Allende


Emma de Jane Austen
Ethan Frome de Edith Wharton


Garota Interrompida de Susanna Kaysen 


Os Evangelhos Gnósticos de Elaine Pagels


E Tudo o Vento Levou de Margaret Mitchell


O Grupo de Mary McCarthy
Harry Potter e o Cálice de Fogo de J. K. Rowling
Harry Potter e a Pedra Filosofal de J. K. Rowling
A Casa dos Espiritos de Isabel Allende
Como respirar debaixo d'água de Julie Orringer


Jane Eyre de Charlotte Bronte
O Clube da Sorte e da Alegria de Amy Tan


As Mulherzinhas de Louisa May Alcott
A Minha História de Hillary Rodham Clinton


Visto do Céu de Alice Sebold
Memória de Uma Menina Bem-Comportada de Simone de Beauvoir


Mrs. Dalloway de Virginia Woolf


Para A Minha Irmã de Jodi Picoult
O Bom Nome de Jhumpa Lahiri


Diário de uma Nanny de Emma McLaughlin
Duzentos Poemas de Emily Dickinson
Northanger Abbey de Jane Austen


Órix e Crax de Margaret Atwood
África Minha de Karen Blixen
Os Marginais de S. E. Hinton


Contos de Dorothy Parker de Dorothy Parker
Propriedade de Valerie Martin


Ler Lolita em Teerão de Azar Nafisi
A Tenda Vermelha de Anita Diamant


Um Quarto Só Para Si de Virginia Woolf
O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir


A Vida Secreta das Abelhas de Sue Monk Kidd
Sonnets from the Portuegese de Elizabeth Barrett Browning


A Vida Misteriosa dos Cadáveres de Mary Roach
A Mulher do Viajante do Tempo de Audrey Niffenegger
The True and Outstanding Adventures of the Hunt Sisters de Elisabeth Robinson
A Cabana do Pai Tomás de Harriet Beecher Stowe
O Vale das Bonecas de Jacqueline Susann


O Ano do Pensamento Mágico de Joan Didion


 


Sem tradução (em português de Portugal):


 Que Sexta Feira Mais Pirada de  Mary Rodgers  (só existe tradução no Brasil)


Autoria e outros dados (tags, etc)

Em 2015 li excelentes livros de não ficção e gostaria de incluir mais não ficção em 2016. Por isso fiz um pequeno levantamento das vencedoras de não ficção (geral), biografia ou autobiografia e história no prémio Pulitzer:


 


Não ficção


 


1963 Barbara W. Tuchman - The Guns of August


(sobre o 1º mês da 1ª Grande Guerra Mundial)


1972 Barbara W. Tuchman - Stilwell and the American Experience in China, 1911-1945


(sobre a revolução cultural da China através da vida de um diplomata norte americano)


1975 Annie Dillard - Pilgrim at Tinker Creek


(conjuntos de ensaios que decorrem da exploração da autora da região percorrida pelo Tinker Creek, que combina observação científica, filosofia, introspecção e diários)


1982 Tracy Kidder - The Soul of A New Machine


(acompanha uma equipa de engenheiros informáticos durante a construção de um computador em 1980)


1983 Susan Sheehan -  Is There No Place On Earth For Me?


(sobre a vida de uma doente mental com esquizofrenia)


1996 Tina Rosenberg -  The Haunted Land: Facing Europe's Ghosts After Communism


(sobre o colapso do comunismo na Europa de leste)


2002 Diane McWhorter - Carry Me Home: Birmingham, Alabama, the Climactic Battle of the Civil Rights Revolution


(sobre a luta pelos direitos civis de negros norte americanos)


2003 Samantha Power - "A Problem From Hell:" America and the Age of Genocide


(sobre a política externa norte americana face a genocídios)


2004 Anne Applebaum - Gulag: A History


(sobre o sistema de gulags - campos prisão - na União Soviética)


2006 Caroline Elkins - Imperial Reckoning: The Untold Story of Britain's Gulag in Kenya


(detalhando prisões, campos de trabalho e o terror imposto pelo imperialismo britânico no Kenya)


2015 Elizabeth Kolbert  - A sexta extinção


(sobre os riscos da ameaça humana sobre a natureza e a biodiversidade) 


 


Só encontrei duas traduções para o português, precisamente as obras que tenho disponível na minha biblioteca pública e cujo tema me é bastante apelativo. A sexta extinção está no topo da minha lista de leituras para 2016. 


 


Biografia ou autobiografia 


 


1917 Laura E. Richards and Maude Howe Elliott assisted by Florence Howe Hall - Julia Ward Howe


( sobre a vida de Julia Ward Howe, uma abolicionista, ativista social, e poetisa norte-americana)


1941 Ola Elizabeth Winslow - Jonathan Edward


( sobre a vida de Jonathan Edward, um filósofo norte americano do séc. XVIII)


1946 Linnie Marsh Wolfe - Son of the Wilderness


( sobre a vida de John Muir, um escritor e naturalista que lutou pela preservação do património natural dos EUA)


1948 Margaret Clapp Forgotten - First Citizen: John Bigelow


( sobre a vida de John Bigelow, estadista norte americano resposável pelo desenvolvimento da biblioteca de Nova York e influenciador na independência e na criação do canal de Panamá)


1951 Margaret Louise Coit - John C. Calhoun: American Portrait


( sobre a vida de John C. Calhoun, um político e filosofo norte americano)


1986 Elizabeth Frank - Louise Bogan: A Portrait


( sobre a vida de Louise Bogan, uma poeta norte americana Poet Laureate, considerada uma das melhores do séc.XX e cuja vida pessoal foi marcada pela doença mental)


1995 Joan D. Hedrick - Harriet Beecher Stowe: A Life


( sobre a vida de Harriet Beecher Stowe, escritora e abolicionista, mais conhecida por ser a autora de A Cabana do Pai Tomás)


1998 Katharine Graham - Personal History


( livro de memórias de Katharine Graham, que dirigiu o The Washington Post, negócio familiar, inclusivé durante o episódio Watergate)


2000 Stacy Schiff - Vera (Mrs. Vladimir Nabokov)


(... kept the fiction in its place, reassured readers ... that Nabokov's perversities were of a different kind." Mais recentemente, foi autora de uma biografia de Antoine de Saint-Exupéry)


2007 Debby Applegate - The Most Famous Man in America: The Biography of Henry Ward Beecher


( sobre a vida de Henry Ward Beecher, um influente estadista norte americano, considerado "o mais influente porta-voz do protestantismo de seu tempo" e que foi julgado em tribunal por adultério)


2014 Megan Marshall - Margaret Fuller: A New American Life


( sobre a vida de Margaret Fuller uma jornalista e feminista do séc.XIX)


 


História


1942 Margaret Leech - Reveille in Washington, 1860-1865
1943 Esther Forbes - Paul Revere and the World He Lived In
1960 Margaret Leech  - In the Days of McKinley
1963 Constance McLaughlin Green - Washington, Village and Capital, 1800-1878
1991 Laurel Thatcher Ulrich - A Midwife's Tale
1995 Doris Kearns Goodwin - No Ordinary Time: Franklin and Eleanor Roosevelt: The Home Front in World War II 
2009 Annette Gordon-Reed - The Hemingses of Monticello: An American Family 
2015 Elizabeth A. Fenn - Encounters at the Heart of the World: A History of the Mandan People 


 


Tenho imensa pena que Laurel Thatcher Ulrich não tenha obras traduzidas para o português. Mas vai ficar no meu radar.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tenho uma colectânea de 30 livros que se chama "clássicos da literatura universal". Zero escritoras. Será mesmo assim? Não existe representação feminina nos clássicos? 


 


I) 


O jornal Guardian reuniu uma lista de 50 obras, por escritoras, que remontam a 1640, muito europeia e anglo-saxónica. 




II)


Decido recuar à Grécia Antiga e encontro ajuda na Wikipédia, uma lista com poetisas: Anite de Tegea, Aristodama de Smyrna, Boeo de Delphos, Cleobulina de Rodes, Corina de Tângra, Erina, Melinno, Myro, Nóssis, Praxila, Safo, Telesilla de Argos.


Algumas consideradas uma das 10 musas vivas ou citadas pelo próprio Aristóteles, pelo que a sua relevância na época em que viveram é evidente.


 


III)


Continuo a pesquisa para tempos medievais e novamente a Wikipédia no meu auxílio. Bastantes listas e uma mera revisão dos nomes permite-me, de imediato, concluir que tenho grande diversidade geográfica.


 


Os japoneses têm uma lista de "Trinta e Seis Imortais da Poesia", apenas 5 são mulheres, embora exista uma lista composta apenas de poetisas.


 


IV)


No que respeita a prémios Nobel da Literatura, podemos recuar a 1909 para encontrar escritoras:


1909 - Selma Lagerlöf, Suécia 
1926 - Grazia Deledda, Itália
1928 - Sigrid Undset, Noruega
1938 - Pearl S. Buck, EUA
1945 - Gabriela Mistral, Chile
1966 - Nelly Sachs, Suécia  
1991 - Nadine Gordimer, África do Sul 
1993 - Toni Morrison, EUA 
1996 - Wisława Szymborska, Polónia
2004 - Elfriede Jelinek, Áustria 
2007 - Doris Lessing, Reino Unido 
2009 - Herta Müller, Roménia 
2013 - Alice Munro, Canadá


2015 - Svetlana Alexievich, Bielorrússia


 


As listas de prémios literários são uma fonte interessante para introduzir diversidade nas minhas leituras.


 


V)


Mas e em Portugal? Até quando posso recuar para encontrar escritoras? Recorri à base de dados "Woman Writers" e a primeira autora é Catarina Infanta de Portugal com "Da perfeição da vida monástica e da vida solitária". Decididamente não é um texto em que me deseje embrenhar. 


Porém, recomendo vivamente  As Cartas Portuguesas, de Mariana Alcoforado (1640-1723). 


 


Ou seja, com um bocadinho de esforço, encontra-se a inspiração. 


 


Fui fazendo uma mega lista de livros que agregava várias listas e recomendações que fui vendo ou recebendo. O resultado é este: mais de 400 livros foram escritos por mulheres.

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