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Não é o primeiro livro de António Lobo Antunes, que li.

Já li aguns óbvios, como o Manual dos Inquisidores e anos de crónicas, mas há muitos anos que planeio pegar-lhe pela totalidade da obra e cronologicamente, logo: Memória de Elefante.

 

Era suposto ser o livro de Maio, mas aqui estamos. 

Relembro o desafio do Hugo, para ler António Lobo Antunes: ALA QUE SE FAZ TARDE (#alaquesefaztarde).

É uma leitura lenta. Em diversos momentos é francamente chato e deprimente e obriga-me a ir ao dicionário, mas de vez em quando há uma frase ou uma imagem que me deixa arrebatada, como:

Não era ainda a hora dos homossexuais povoarem os intervalos entre as árvores com as suas silhuetas expectantes, afagados por carros que roçavam languidamente por eles à maneira de grandes gatos ávidos, tripulados por senhores que envelheciam como violetas murcham, numa doçura magoada.

 

Senhores que envelheciam como violetas murcham, numa doçura magoada. É simplesmente sublime.

Para mim, ALA sempre foi o romancista da masculinidade frágil, deprimente, depressiva, mas muito emotiva. E este Memória de Elefante, claramente autobiográfico, é assim: um homem deprimido (e arrependido) depois do divórcio, afastado das filhas e tão perdido na vida como na cidade (Lisboa).

É o primeiro e ao primeiro temos de perdoar as faltas. Ele quer mostrar muito e acaba por ser um retalho de uma história pontuada com as frases e metáforas que o jovem escritor queria escrever... algures.

Mas a vantagem de ler ALA é que temos 30 obras para o ver crescer no romancista em que se tornou.

 

Há deslumbramento em ler António Lobo Antunes. 

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publico 

A ler:

E a Noite Roda 

Grande Prémio de Romance e Novela APE 2012  

Passamos o dia entre a Cidade de Gaza e o campo de refugiados de Jabaliya. Fervilham de crianças, velhos e desempregados; carros amolgados, mercados e burros; pó, esgoto e cimento à vista; casas demolidas, casas cheias de balas. E como apesar de tudo Gaza é luminosa. Clarões escarlate que são buganvílias. Pontos de vermelho e violeta que são acácias, jacarandás. Lances de azul que são o mar. Há sempre gente na praia, pescadores, ra- pazes, crianças, apanham-se camarões, comem-se goiabas.
 
Não me lembro de descer uma das ruas até ao Mediterrâneo sem pensar como este lugar teria tudo se fosse livre. Foi um oasis de caravanas. Está na Bíblia, na arqueologia. Gaza quer dizer Tesouro.

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A ouvir

A Day in the Life of Abed Salama - Nathan Thrall

 

A ler

História do Cerco de Lisboa - José Saramago

 

1.

Já sei porque marquei na agenda para comprar o jornal Público hoje. Era hoje que era publicado o código de acesso à sessão do Encontro de Leituras com Joana Bértholo. Felizmente, também publicaram tudo aqui.

 

2. 

Virtual reading in support of the Edward Said Libraries in Gaza

 

3.

Se eu ler estes livros todos, vou passar a ser in?

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Oprah’s Book Club (@oprahsbookclub)

 

The Fetishist - Katerine Min (Jan 2024)

Wandering Stars - Tommy Orange (Fev 2024)

Leaving - Roxana Robinson (Fev 2024)

Ours - Phillip B. Williams (Fev 2024 )

The Tree Doctor - Marie Mutsuki Mockett (Mar 2024)

Woke Up No Light - Leila Mottley (Abr 2024)

Did I Ever Tell You? - Genevieve Kingston (Mai 2024)

Bear - Julia Phillips (Jun 2024)

 

Leituras atrasadas

“Dead Cats Continue to Meow.” A Poem by Nasser Rabah

Marlon James on Bob Dylan’s Nobel Prize, Authenticity as Pose, and Not Reading His Book Reviews ‹ Literary Hub (lithub.com)

Hyper by Agri Ismaïl review – the tidal forces of money | Fiction | The Guardian

Ava Anna Ada by Ali Millar review – at the end of the world | Fiction | The Guardian

‘This is a wake-up call’: Booker winner Paul Lynch on his novel about a fascist Ireland | Books | The Guardian

10 New Romance Books to Enjoy in January 2024 (bookriot.com)

"A Day in the Life of Abed Salama" Illuminates the Physical and Invisible Walls that Determine the Lives of Palestinians - Electric Literature

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