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Se, há um ou dois anos me falassem das 50 sombras de Grey, eu iria rir-me (mais ou menos discretamente), mandar uma ou duas piadas e recomendar à minha interlocutora (não conheço nenhum homem que o tenha lido) melhores leituras.


 


Confesso que, volvidos dois anos não acho tanta piada a esta necessidade generalizada de denegrir as opções literárias de outras pessoas, seja um título em particular ou um género. Na verdade, é a generalização tão socialmente aceite que deixou de ter piada.


 


Eu li as 50 sombras de Grey há cerca de 3 ou 4 meses e não gostei. Achei o livro muito pobre e por vezes até bastante tontinho. Também não gostei das personagens. Quando o afirmei (atacando o género), reencaminharam-me para o Captivated by You (Sylvia Day) que era muito melhor. A lição que me queriam dar é: há bom e maus em todos os géneros literários. 


 


As 50 sombras de Grey resultaram num aumento de vendas só igualável à saga Harry Potter. Foram uma lufada de ar fresco para pequenas e grandes livrarias. Todos os trabalhadores da editora receberam, nesse ano, um bónus de 5000 dólares. Podemos não gostar do livro, mas o efeito 50 sombras de Grey merece ser respeitado. 


 


Poderia discutir-se que é melhor não ler que ler má literatura. Eu discordo. Eu acredito na potencialidade de um livro criar leitores. Eu acredito que todas/os temos o direito a obter prazer dos livros, sejam eles bons ou maus. 


 


E agora poderia discorrer sobre a potencialidade de um 50 sombras de Grey levar a um A Sport And A Pastime de James Salter, mas aí teria de voltar a lembrar os 2º, 3º e 5º parágrafos.

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34 comentários

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Descontos a 26.07.2015

Curioso, foi precisamente quando começaram a surgir os comentários sobre a violência doméstica (com a saída do filme) que o decidi ler. Realmente encontrei muitos indicadores, mas o meu conhecimento de dinâmicas BDSM para colocar o meu dedo na linha que delimita uma coisa e outra. Retirando da equação toda a parte sexual, para mim há violência doméstica, sem sobra de dúvida, todos os indicadores estão lá. Mas volto à dúvida de saber se a componente BDSM inclui a parte não sexual do que li.

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