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A Bárbara desafiou-nos a ler clássicos em 2020, com temáticas mensais destinadas a diversificar leituras.
Para o desafio de Janeiro - Um clássico publicado antes de 1800 - eu decidi recuar ao século VII a.C. e ler a poetisa Safo, ou alguns dos poucos fragmentos que dela sobrevieram.
Já não me recordava de o ter lido e até escrito sobre ele aqui.
Felizmente possuo uma segunda edição, da tradução feita por Eugénio de Andrade, a partir do francês, porque não lia grego. Esta vinha com um fantástico texto introdutório e, segundo o próprio, com correcções.
Eugénio de Andrade declarou este trabalho de tradução mais de paixão que de rigor literário. Tal era o seu amor pela poetisa, que coleccionava traduções da sua obra.
É fascinante ler sobre Safo. Se há autores que dizem que a sua obra foi dizimada pela censura cristã medieval, outros dizem que foi apenas como tantas outras obras e autores/as do período clássico. Até a questão da sua homossexualidade, que sempre foi parte da sua biografia, ao ponto de se ter transformado num ícone do lesbianismo, parece agora revista pela história moderna.
Seja como for, é uma belíssima leitura.
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