Livros com vida dentro
Um dos prazeres de comprar livros usados (além do preço) é encontrar vida neles.
Comprei O Fim da Aventura, de Graham Greene pela capa, mais precisamente pela menção ao prefácio e tradução de Jorge de Sena.
Fico a saber que o livro esteve na praia, porque tem areia entre algumas páginas e que o/a leitor/a gostou do que leu, tendo sublinhado algumas parte do prefácio.
Uma aventura é a vida humana.
Sento-me no café, começo a primeira página do prefácio e começo-me a rir:
É sabido que, por ocasião da recente concessão do Prémio Nobel a Fraçois Mauriac, ele [Greene] foi um dos favoritos até ao fim - e o Prémio Nobel, ainda quando premeia Prudhommes ou Gabrielas Mistrais, sempre é uma consagração de respeito.
O que não teria dito Sena, da atribuição do Nobel ao Bob Dylan?