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Decidi rever a minha lista de leituras de 2019 para escolher os meus preferidos em cada mês.
Não necessariamente, os melhores livros, mas aqueles que se destacaram nesse mês, por alguma razão.
Janeiro - Lavínia, Ursula K. Le Guin
Na Eneida de Virgílio e na mitologia romana, Lavínia é a segunda esposa de Eneias, um dos grandes guerreiros troianos, cuja descendência iria ser a génese de Roma. Mas das mulheres não reza a história e por isso Ursula K. Le Guin decidiu desenvolver a personagem, colocando-a em permanente conexão com o poeta Virgílio.
Eu, que nunca li os clássicos gregos ou romanos, aparentemente adoro lê-los recontados.
Fevereiro - Magnífica Sophy, Georgette Heyer
Um romance histórico com personagens inesquecíveis e diálogos absolutamente fantásticos.
Sophy é uma personagem inesquecível, uma debutante em Londres que viajou pelo mundo com um pai diplomata. Chega à mansão da tia com um macaco, um cavalo apropriado para uma senhora e com um papagaio.
Diverti-me imenso a ler este livro.
Março - Ecologia, Joana Bértholo
Em Ecologia encontramos um retrato do mundo contemporâneo, num jogo de palavras por vezes estonteante. Senti-me constantemente puxada para situações reais, notícias, contextos actuais. Foi um dos livros mais desafiantes e desconcertantes que li nos últimos anos.
Abril - Beloved - Toni Morrison [#NobelWomen]
É uma pena que a minha introdução a Toni Morrison, tenha sido no ano da sua morte.
Este livro sempre foi um dos "eu não acredito que ainda não li" e estou muito satisfeita por, finalmente, ter corrigido esse erro.
Maio - O dragão branco 1/2, Anne McCaffrey
No ano passado, comecei a ler Anne McCaffrey e a sua série Dragonriders of Pern. Ficção científica no seu melhor.
Junho - Trilogia de Cristina Lavransdatter, Sigrid Undset [#NobelWomen]
Três livros magníficos da segunda mulher a vencer o Nobel da Literatura. Nunca tinha ouvido falar da autora ou da obra e acabei completamente rendida.
É extraordinário que esta obra não tenha sido republicada entre nós. Aguardo com expectativa que entre no domínio público, para que isso aconteça.
Julho - 1984, George Orwell [releitura]
Aqui está um exemplo do porquê de alguns livros se chamarem clássicos. Resistem o teste do tempo, possuem características que os tornam universais e intemporais e por isso voltamos a eles.
Agosto - Meu pé de laranja lima, José Mauro de Vasconcelos
Um clássico da literatura brasileira que me levou às lágrimas.
Setembro - Education, Tara Westover [audiolivro]
O Education de Tara Westover foi um fantástico audiolivro. Confesso que quando saiu e li a entrevista da autora, pensei que fosse um livro de memórias banal. À medida que ia lendo e ouvindo mais sobre a qualidade do mesmo, fiquei intrigada e decidi ouvi-lo.
Realmente merece todo o buzz. A escrita é fantástica e a história da jovem que cresceu no seio de uma família disfuncional de norte-americanos à espera do fim do mundo, é verdadeiramente incrível.
Outubro - De Profundis, Oscar Wilde
De profundis é uma longa carta de Oscar Wilde ao seu amante (Bosie Douglas), quando estava a cumprir uma pena de prisão.
É incrivelmente triste e trágica, e acaba por ser o balanço de vida de uma pessoa, de um artista, de alguém tinha uma consciência do quanto era importante na sua época e do quanto perdeu.
Novembro - A cidade e as serras, Eça de Queiróz
Para mim, reler A Cidade e as Serras é um momento de puro divertimento. É o meu preferido da obra de Eça e Eça é sempre o meu preferido.
Dezembro - Silêncios de Amor, Jem Lester
Este romance autobiográfico sobre uma família, com uma criança com autismo profundo, foi uma roleta russa de emoções.
Editado em 01/01/2020
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