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Genocídio

26.12.23

Sinto-me paralisada perante o horror que se vive na Palestina. É um genocídio transmitido em directo e o mundo assiste, enquanto come os doces de natal. O mesmo mundo que leu Anne Frank e todos os livros da moda com Auschwitz na capa. 

Não haverá campos de concentração em Gaza. Israel está a certificar-se disso. Apenas terraplanagem e genocídio. 

 

Celebra-se o nascimento de um bebé palestino e fecha-se os olhos à morte de milhares de bebés e crianças palestinas.

 

Os jornalistas portugueses são papagaios de comunicados da "guerra", por Israel. Não há guerra. Isto não é guerra, da mesma forma que não houve uma guerra no holocausto de judeus. 

Hoje leio o título da notícia: Israel vai alargar operações terrestres no Sul de Gaza. Ao longo dos últimos 80 dias tem empurrado os palestinianos para o sul. O processo é o seguinte: nomeia uma cidade "segura" e bombardeia tudo a norte e tem feito isso de forma sucessiva, de modo a empurrar os sobreviventes para o sul... os que conseguem. 

 

Agora, prepara-se para o golpe final. Para a solução final. 

 

Nós somos a geração sem desculpas. A que assistiu em directo e fez nada. Gerações futuras irão olhar para nós como aqueles que tendo toda a informação, escolheram olhar para o lado. Os que foram cúmplices com o holocausto dos palestinianos.

 

@wizard_bisan1

@motaz_azaiza

@byplestia

@wael_eldahdouh

 

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27 comentários

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Anónimo a 26.12.2023

Subcresvo totalmente.
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Anónimo a 26.12.2023

.
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Anónimo a 26.12.2023

"... e o mundo assiste". Mas o mundo assiste a muitas coisas. O que acontece aos outros em geral não interessa. O mundo está cheio de pessoas hipócritas e individualistas. E por vezes os que criticam os outros por assistirem, fazem o mesmo. Isto tem de ser dito.

Disse "aqueles que tendo toda a informação", mas isto não é assim. Em relação a este caso, será verdade, mas em relação a outros não. Temos um problema grave, a informação é controlada pelos media tipo o que acontece nas ditaduras. Mas a pouca cultura de alguns não permite perceber isto.

Sim, muitos escolhem olhar para o lado. Escolhem olhar para o lado em relação ao que não os afeta. É a sociedade que temos.

Para alguns certos assuntos são "tão" importantes que só têm importância no blog deles. Escrevem para os outros lerem, mas não leem o que os outros escrevem. Afinal o importante são eles e não os assuntos.
E você que mostra preocupação no seu blog, o que faz?
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Cristina a 26.12.2023

"Para alguns certos assuntos são "tão" importantes que só têm importância no blog deles. Escrevem para os outros lerem, mas não leem o que os outros escrevem. Afinal o importante são eles e não os assuntos."

Se eu tivesse uma moeda, por cada vez que lesse este comentário...
Já percebemos. Não leem o seu blog.
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Anónimo a 26.12.2023

Ainda bem que me deu razão e foi fácil. Afinal para si o importante não são os assuntos mas os seus interesses. A sociedade é assim.
"E por vezes os que criticam os outros por assistirem, fazem o mesmo.". Isto serviu-lhe!
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Cristina a 26.12.2023

Vamos deixar claro que já conheço os seus comentários em pelo menos uma dúzia se blogues com o mesmo texto:
"Escrevem para os outros lerem porque isso será do interesse deles, mas não leem o que os outros escrevem. "
É somente triste.
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Maria Manuela a 26.12.2023

Verdade, Cristina, tem toda a razão. Não vejo todos os destaques do Sapo, mas quando vejo algum que me chame mais atenção, este senhor Anónimo já por lá passou. Sim, não restam dúvidas, as palavras são sempre as mesmas e a intenção também. Nem sequer imaginação tem.
Adorei o final do seu comentário anterior: "Já percebemos. Não leem o seu blog."
Subscrevo o seu post.
Manuela
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Anónimo a 26.12.2023

Só os idiotas é que acreditam que muitos dos que escrevem certos textos estão mesmo preocupados com os outros. Estão preocupados com o blog deles. Isto é com eles como seria esperado. Ninguém dá nada a ninguém.
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Anónimo a 26.12.2023

Individualmente ninguém pode fazer nada. Os nossos representantes na ONU e no Parlamento Europeu sim. Mas infelizmente da parte da Europa impera a hipocrisia, é escandalosa a diferença de tratamento para com os povos ucranianos e palestinianos, o que nos leva a perguntar: Quais são os teus critérios de solidariedade UE? É a humanidade ou outros interesses? É que aquela população da
Faixa de Gaza não tem como fugir. Cortar a água e comida a um território com civis, incluindo crianças e aterrador e desumano. Na ONU assistimos à hipocrisia e prepotência dos EUA nos vetos sucessivos. É que não é possível vetar cessar fogo e "apelar" a Israel para terem cuidado com os civis nos ataques. Simplesmente vergonhoso o que se está a passar!
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João Gil a 26.12.2023

Boa tarde. Talvez valha a pena ir ver a tradução do termo antes de o empregar para caracterizar erradamente aquilo que se passa entre Israel e o Hamas e demais organizações terroristas como a jihad islâmica e o Hezbollah na região onde sempre viveram os judeus, desde há quatro mil anos.
Já agora, a faixa de Gaza tem cerca de 2,4 milhões de pessoas (dados de 2022) e cresceu até este nível de população a partir de escassas centenas de milhar de pessoas, desde que existe. Os israelitas não são por isso grande coisa a praticar genocídio, pelos vistos e a julgar pelo crescimento da população de Gaza. Mas enfim, o disparate é livre. Pelo contrário, os judeus sim foram alvo de um verdadeiro genocídio, assim classificado pela primeira vez na história da humanidade a seguir ao holocausto da WWII, em que foram mortos milhões e milhões de judeus. Pelos alemães, pelos russos e hoje pelos muçulmanos radicais que professam o ódio aos judeus ensinado nas escolas corânicas desde que as crianças nascem e proclamam a intenção de os matar onde quer que se encontrem, tal como à obliteração do estado de Israel (“palestine free from the river to the see..” significa exactamente isso, a eliminação do mapa do estado de Israel. E, consequentemente, de todos os judeus, que já não são muitos).
Talvez esteja na hora de António Guterres pedir ao ainda PM António Costa que em vez de lançar em jan o concurso para o TGV peça antes à Mota & Cia e à Teixeira Duarte o esforço patriótico de construção de uns túneis debaixo do hospital de Santa Maria e de São João para servirem de plataforma lança mísseis sobre os espanhóis e refúgio de assassinos.
É uma graça, pelos vistos.
Tenha dó. Das criancinhas, mas não só.
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Cristina a 26.12.2023

A este comentário, apenas uma reposta: Eduque-se.
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Cristina a 26.12.2023

"tradução do termo"
Imagino que quisesse dizer "o significado do termo"

Aqui está.
https://dicionario.priberam.org/genoc%C3%ADdio

Outra definição, na Convenção para a Prevenção e Punição de Crimes de Genocídio:

Por genocídio entende-se quaisquer dos atos abaixo relacionados, cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso, tais como:
(a) Assassinato de membros do grupo;
(b) Causar danos à integridade física ou mental de membros do grupo;
(c) Impor deliberadamente ao grupo condições de vida que possam causar sua destruição física total ou parcial;
(d) Impor medidas que impeçam a reprodução física dos membros do grupo;
(e) Transferir à força crianças de um grupo para outro.

Se eu tivesse nascido na Palestina, também teria ódio aos israelitas [não confunda judeus com israelitas, são coisas diferentes]
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João Gil a 26.12.2023

Tradução, significação, explicação, são tudo a representação figurativa do mesmo termo.
O Hamas, sob a definição de genocídio, não é nem um grupo étnico, nem um grupo nacional, nem um grupo religioso, nem um grupo racial.
Genocídio foi o que sofreram os judeus da Europa às mãos dos seus algozes nazis, que orquestraram a morte de um número estimado por baixo de 6,5 milhões de judeus… por serem judeus. Historiadores dizem que podem ter sido até 10 milhões de almas dizimadas no processo. Não são os 21mil que o Hamas diz que morreram em Gaza. A acreditar na organização tenebrosa que é o Hamas, entenda-se. Alguma decência intelectual é o que se espera de uma pessoa do século XXI, europeia e que tem acesso à informação e à história. É o que se pode pedir a quem apelida de genocida um povo como o de Israel.
Se tivesse nascido na Palestina, país que não existe, não tenho dúvida que odiaria judeus israelitas e odiaria Israel. É isso que ensinam às crianças do lado dos muçulmanos radicais de Gaza. Por alguma razão são pobres, apesar dos biliões de euros que todos os anos a Europa e muitas nações do mundo despejam anualmente nos bolsos da dita “autoridade palestiniana”, que governa Gaza autonomamente desde 2005, sem a presença de Israel. E sem eleições livres desde então também, diga-se. Biliões esses capturados pelo Hamas e congéneres e desviados para manter um regime de terror, para construção de túneis debaixo de casas particulares, escolas, mesquitas e hospitais e para financiar a opressão e o assassínio de pessoas que só querem viver em paz e prosperar. Se tivesse nascido na Palestina, não teria liberdade de dizer o que diz, de se vestir como achasse melhor, de estudar na universidade, de sair à rua sem autorização de um homem da família, de ser autodeterminada, nem de ir à praia de bikini. Ao contrário, se tivesse nascido em Israel seria livre e poderia fazer o que bem entendesse da sua vida. Excepto existir, claro, se fosse judia e na óptica dos “palestinianos”.
Não. Há conceitos que simplesmente as pessoas informadas não têm o direito de difundir como verdadeiros, quando são liminarmente falsos, sob qualquer ângulo que os queira apreciar. Político, social, religioso, económico, militar, ético.
Pela parte que me toca, estou e estarei sempre e incondicionalmente do lado de Israel e do seu povo nesta luta pela civilização e contra a barbárie.
Saudações democráticas e livres para si e obrigado por ter respondido ao meu comentário.
João Gil
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Cristina a 26.12.2023

"Se tivesse nascido na Palestina, país que não existe"

Concordo. Exige-se " Alguma decência intelectual" "de uma pessoa do século XXI, europeia e que tem acesso à informação e à história. "
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Nuno Medeiros a 26.12.2023

Concordo a 100%.
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Nuno Medeiros a 26.12.2023

Concordo a 100% com a autora do texto, do blog, e não com os comentários a defender a ação israelita que é desproporcionada e, por isso, criminosa.
É certo que é uma história longa, mas também é certo que as ações de Israel desde 7/10 têm sido terríveis, ao nível de um genocídio.
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Anónimo a 26.12.2023

Concordo.
Genocídio.
Holocausto.
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manuel a 26.12.2023

concordo com tudo o que é dito, (parabéns pelo texto) desde com os a favor, como com os contra... mas todos têm razão e ninguem a tem... a verdade, que não é minha, nem de ninguém, a não ser de quem a vê... é só uma...
mentiras e desculpas ou justificações sobre qualquer assunto, neste caso em particular, sobre quem já lá estava, a quem foi dado, a quem foi tomado, a quem tem direito, a quem tem dever...a quem se tentou aniquilar, a quem agora aniquila...esqueçam tudo isso... a verdade sobre a faixa de gaza neste momento é só uma e ainda poucos a ouviram ou leram...
mas a biblia diz a dada altura que "o dinheiro é a raíz de toda a sorte de males..." e mais uma vez se mostra correcta...senão vejam: voltando a israel e à faixa de gaza... é o dinheiro a fazer "rodar" a coisa... este conflito actual e este genocidio na faixa de gaza acontece depois das recentes prospecções naquela área... afinal a faixa de gaza não tem só palestinianos que odeiam judeus nem palestinianos que ocupam a terra prometida e dada aos israelitas... aquilo tem enormes jazidas de petróleo e gas natural... e surpresa! israel já tem contratos assinados pelo menos com a BP para exploração dos anteriormente referidos. e pelos vistos as petroliferas americanas e russas tb já devem ter contratos para tal dada a recente votação de ambos na ONU. e para o Hamas fazer o que fez...dificilmente não terá a mão metida em contratos do genero...
portanto, deixem-se do correcto e do moral e das lições da história... tudo gira no dinheiro...o resto é matéria para se falar nos blogues, nos canais de televisão e rádio... todos falamos de tudo, todos achamos bem ou mal, mas não sejamos hipócritas, todos viramos a cara quando nos convem...
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Otto Matik a 26.12.2023

Caro manuel
1º, uma correcção: a Biblia não diz que "o dinheiro é a raiz de todo o mal" mas sim “o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (ou seja, o problema não é o dinheiro mas a ganância por ele).
2º, como é que você sabe (?) dessas jazidas e desse negócios? Onde se pode encontrar essas informações? (espero que não seja das "fidedignas" redes sociais).
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s o s a 26.12.2023

acerta em cheio, é mesmo isso : enquanto no genocidio do hitler era secreto, este ´
é televisionado e...assumido.

Os vindouros envergonhar se ao de nós.

Mas muito pior, além de ser um passo atras na civilizaçao, a porta fica aberta para a barbarie mundial.
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Cristina a 27.12.2023

O último número da revista Atlantic tem um artigo de Anne Applebaum, parte de uma série que imagina um futuro em que Trump vence as próximas eleições (e tudo aponta para que isso aconteça), em que esta prediz que Trump vai sair da Nato e como isso vai destabilizar o plano geopolítico mundial.

É verdadeiramente assustador.
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João a 26.12.2023

Não tendo em conta as razões históricas e naturais ( evidente que ambos os povos tem direito a ali viver ), resta nós a declaração de Balford de 1917. É a partir dali que se observa o genocidio do povo palestiniano, através de ideologia sionista. Tomar posição de um dos lados é não perceber que na doutrinação nas escolas isrealitas e palestinas está a mesma destilação de ódio pelo outro.
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s o s a 27.12.2023

o que interessa o que diz, qual o objetivo ?
Está a acontecer um incendio terrivel e voce quer discutir causas.

A realidade :
o povo palestino expulso (tipo 1947, e á rebelia do acordo da ONU pa-
ra a instalaçao do estado israel) e cercado na sua casa , e chacinado !!!

Um povo cercado que nem tem para onde fugir nem como se armar ! - bastaria isto, bastaria só isto.

Já para nao falar que o agressor-criminoso é repudiado por toda a vizinhança...
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João a 27.12.2023

Se não discutir causas não vai resolver problemas.

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