Finalmente li José Rodrigues dos Santos
Mergulhei recentemente na leitura de "Fúria Divina", uma obra do jornalista e romancista português José Rodrigues dos Santos.
O livro explora a perspectiva assustadora de um ataque nuclear a ser desencadeado por terroristas islâmicos, com Lisboa potencialmente no epicentro do caos.
Antes de me debruçar sobre "Fúria Divina", não posso negar que estava um pouco influenciada pelas críticas negativas que tinha lido e ouvido. No entanto, ao descobrir este livro numa loja solidária, decidi que tinha chegado a hora de formar a minha própria opinião.
Com 583 páginas, "Fúria Divina" é uma leitura pesada, apresentando-se como dois livros muito diferentes, um retratado na capa vermelha com uma nuvem de explosão atómica, e o outro na contra-capa, com uma foto granulada a preto e branco de muçulmanos armados.
O livro flui entre duas narrativas principais: a de Tomás, um professor português e criptoanalista, e a de Ahmed, uma criança muçulmana e o percurso da sua radicalização.
No meio dessas narrativas, o autor introduz capítulos extensos sobre a história do Islão. Apesar de essas informações adicionarem contexto, as longas discussões teológicas tornam-se tediosas, e confesso que me apanhei em diversos momentos a saltar páginas.
A minha maior surpresa veio quando percebi que estava a fazer isso, até mesmo durante o que deveria ser o clímax da história.
Talvez estivesse à espera de um suspense ao estilo Dan Brown, com o qual estamos colados à página, mas infelizmente, "Fúria Divina" não correspondeu a essas expectativas. Talvez seja injusto da minha parte comparar, mas a verdade é que este livro não me convenceu.