Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Começo a manhã no Instagram, para perceber o que aconteceu quando dormia (em paz, na minha cama). Já se fizeram funerais de crianças que, nas vésperas, foram filmadas a celebrar o cessar fogo aceite por todos, excepto Israel.
Choro por ver que, em solo europeu, já são utilizados buldozers para empurrar barricadas de estudantes, sem qualquer preocupação que estes possam ficar esmagados pelos materiais. Estou em choque. Aquelas imagens, mais que qualquer outras, tornaram palpável que o fascismo é um futuro, não para as próximas gerações, mas para a minha.
Alemanha, conseguiu bloquear a entrada na Europa (espaço Shengen), de um médico britânico-palestino, que esteve em Gaza e que iria participar no seminário na França. Este é o princípio do fim da Europa, muito mais que qualquer Brexit.
Ligo Aljazeera, o único canal notícioso minimamente decente, por estes dias. Nem uma única notícia de Camilos.
Há dias ouvi uma entrevista ao Ministro das Relações Exteriores da Grécia. Um incrível momento de profundo jornalismo.
Ainda Aljazeera, um incrível documentário sobre o impacto da exploração petrolífera da floresta amazónica do Equador: Dying Earth : The Final Breath de Fatima Lianes.
.
Pausa.
A casa do silêncio é um delicioso testemunho de um encontro com Mia Couto, pela Sónia Quental.
Volto a Gaza, penso nos silêncios: o silêncio que não existe, por causa dos drones que circulam 24 horas por dia, num barulho ensurdecedor. Lembro o testemunho de um jornalista, que se fecha no carro, para tentar ter um pouco de silêncio. Aquele que já não existe, porque os bombardeamentos não param.
Penso no silêncio ensurdecedor da inacção da comunicade internacional.
Hoje, os estudantes portugueses começam a levar os seus movimentos para as universidades portuguesas, também elas financiadas pelo sionismo. Espero que gritem!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.