Entre a ficção e não-ficção
O incrível drama de Nela García. Ou uma história sobre a Internet
Este é o título de um artigo que referia que milhares de internautas estiveram investidos na história de uma jovem espanhola que teria encontrado um telemóvel e que, quando o tentava devolver, descobriu que pertencia a alguém que havia morrido há 8 anos.
A premissa para excelente mistério e foi o que aconteceu, durante uma semana, naquele que se concluiria ser um conto narrado ao vivo no Twitter.
A minha conta no Twitter está desactivada há muito. Felizmente a idade já me permite fazer uma auto-avaliação: num mundo de notícias falsas, o melhor é não estar numa rede social que incentiva as reacções impulsivas, numa personalidade já, de si, impulsiva.
Onde eu queria chegar:
começo a criar verdadeiros anti-corpos em relação a estas estratégias de manipular pessoas, deliberadamente esfumando a diferença entre realidade e ficção.
Nos livros como na vida, eu gosto da minha ficção e não-ficção perfeitamente identificadas.