Capitãs de Abril - os cravos
Que fantástico, este pequeno livro.
- Então, e precisam de alguma coisa? Como é que posso ajudar?
- Se tiver um cigarrinho... Um cigarrinho calhava bem.
A mulher deita males à vida, tantos anos a vender tabaco e agora nem um maço. Se fumasse, ao menos teria um cigarro no bolso, assim nem réstia de nicotina e as lojas estão todas encerradas.
- Bem gostaria de lhe dar um, mas nunca fumei... Olhe, tome lá um cravo que tanto se oferece a uma senhora como a um senhor.
O soldado agradece num sorriso, estende a mão para apanhar o cravo e arruma-o no cano da G3. Dia de alegria, a arma como jarra. Celeste gosta da idea, antes flores que balas. Num ápice, distribui o molho inteiro pelos militares com quem se cruza, os cravos do "Franjinhas" nas armas do Exército.