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Comecei o ano com um audiolivro que confesso não planeava ouvir. A autobiografia de Michelle Obama era apenas mais um livro numa longa lista de livros a ler.
Porém, a oferta de uma mensalidade de Scribd fez-me querer ouvi-lo na voz da própria. E que voz.
Posso ter sido enganada, mas todo o livro respira autenticidade, que vai dos momentos da sua infância até ao fim da presidência de Barak Obama.
Michelle Obama explica como a educação sempre foi um instrumento para ascender socialmente e de como os seus pais foram instrumentais para isso, mas também como os seus planos nem sempre lhe trouxeram a felicidade esperada. Há importantes reflexões sobre o que foi ser, muitas vezes, a única mulher no local de trabalho ou a única negra.
“If you don’t get out there and define yourself, you’ll be quickly and inaccurately defined by others.”
Particularmente curiosas foram as partes sobre a chegada ao meio político e as expectativas que recaiam sobre si, na qualidade de mulher de um senador e de como foi criticada por continuar a trabalhar. E de como tinham de ter cuidado com o que comiam, porque têm de pagar todas as suas despesas na Casa Branca.
Mas curiosidades à parte, é um testemunho de uma mulher, que por ser negra e a primeira em muitos momentos da sua vida, teve de fazer mais, teve de ser mais e teve de parecer mais.
Mas acima de tudo é como uma mulher inteligente e forte foi capaz de marcar o seu lugar, por mérito próprio. Os projectos que conseguiu implementar, relacionados com a obesidade infantil e o apoio a militares e seus familiares, bem como os resultados atingidos, evidenciaram uma líder notável.
Em suma, uma excelente autobiografia sobre uma mulher notável.
“For every door that’s been opened to me, I’ve tried to open my door to others. And here is what I have to say, finally: Let’s invite one another in. Maybe then we can begin to fear less, to make fewer wrong assumptions, to let go of the biases and stereotypes that unnecessarily divide us. Maybe we can better embrace the ways we are the same. It’s not about being perfect. It’s not about where you get yourself in the end. There’s power in allowing yourself to be known and heard, in owning your unique story, in using your authentic voice. And there’s grace in being willing to know and hear others. This, for me, is how we become.”
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