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A ler:
Grande Prémio de Romance e Novela APE 2012
Passamos o dia entre a Cidade de Gaza e o campo de refugiados de Jabaliya. Fervilham de crianças, velhos e desempregados; carros amolgados, mercados e burros; pó, esgoto e cimento à vista; casas demolidas, casas cheias de balas. E como apesar de tudo Gaza é luminosa. Clarões escarlate que são buganvílias. Pontos de vermelho e violeta que são acácias, jacarandás. Lances de azul que são o mar. Há sempre gente na praia, pescadores, ra- pazes, crianças, apanham-se camarões, comem-se goiabas.Não me lembro de descer uma das ruas até ao Mediterrâneo sem pensar como este lugar teria tudo se fosse livre. Foi um oasis de caravanas. Está na Bíblia, na arqueologia. Gaza quer dizer Tesouro.
O meu mundo estreitou-se e passo os dias e as noites a tentar dar visibilidade aos ativistas pela Palestina e ao terrível genocídio a que temos assistido em directo, ou têm, aqueles/as que não viram a cara.
Por isso, não escrevi sobre a charlatanice dos Prémios Hugo deste ano, em que foram eliminados das listas de nomeações nomes como RF Kuang (Babel) e Xiran Jay Zhao (Viúva de Ferro).
Ou sobre Spotify, que fez uma alteração aos seus termos de serviço, segundo a qual, tudo que era colocado na plataforma, passaria a pertencer à Spotify, para usar como quisesse (incluindo para criar conteúdos com IA). Tiveram de recuar, quando foram apanhados com a boca na botija.
Anda por aí uma controvérsia sobre erotismo em livros "young adult", mas nem é preciso isso para a batalha dos livros banidos nos EUA. Banem livros e declarações de cessar fogo. Faz sentido.
Hoje liguei para a biblioteca, porque não me recordava de quando tinha de entregar os livros que requisitei.
Resposta: há dois dias atrás. Ups...
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