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Hoje, assinalei o término da 7ª leitura do ano, que na verdade foi uma audição de um livro já lido em 2018: Casamento de conveniência. 

Assinalo que os anteriores 6 foram todos livros das minhas estantes. #LerOqueTenho

 

Voltando a Casamento de conveniência, porquê a releitura, se sequer é dos meus preferidos de Georgette Heyer?

Porque me apercebi que Richard Armitage era o narrador. E quem não quer um Richard Armitage a susurrar-lhe ao ouvido?

 

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Estorvo - Chico Buarque

A propósito da cerimónia da cerimónia de atribuição do Prémio Camões, decidi ler o único livro de Chico Buarque, das minhas estantes.

Estorvo é o seu primeiro romance e tem apenas 155 páginas.

Confesso que fiquei sem saber o que pensar da história.

No livro, a personagem deambula pela cidade e por locais de referência, ainda que acabem apenas por ser locais onde vivem ou trabalham as suas pessoas significativas. Mas fica-se com a sensação que a personagem não âncoras na vida, nenhum local que sinta ser o seu lar e por isso vai errando só pela cidade (e pela vida).

A solidão é tão palpável que se torna um livro perturbador.

 

Arabella - Georgette Heyer

Já não é a primeira vez que leio Georgette Heyer e espero que não seja a última. É sempre uma leitura divertida.

Desta feita, a nossa heroína é a filha mais velha de um vigário rural empobrecido, em que a mãe envia para Londres, na esperança que esta possa fazer um bom casamento que possa beneficiar a sua família.

 Arabella é uma beldade, mas também idealista e cheia de personalidade.

 

Ao ouvir o Sr. Robert Beaumaris, um cavalheiro abastado, fazer comentários desdenhosos sobre si, Arabella decide dar-lhe a volta e cria uma mentira sobre ser uma herdeira de grande fortuna (nunca pensando que o irá rever). As semelhanças com Orgulho e Preconceito de Austen são óbvias.

 O Sr. Beaumaris decide divertir-se, espalhando a história por toda a sociedade londrina.

O que se segue é uma série de mal-entendidos e encontros encantadores.

Arabella é um romance delicioso e bem humorado, com personagens vivas e uma heroína adorável. Bónus adicional: um rafeiro inesquecível. 

 

Vidgis, A Indomável - Singrid Undset

Sigrid Undset (1882-1949), foi a segunda mulher a vencer o prémio Nobel da Literatura (1928). 

Dela, só tinha lido a Kristin Lavransdatter (Coroa, Esposa, Cruz), magnífica. Na verdade, uma das mais magníficas obras literárias que já li.

 

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Vidgis, a indomável ("Filha de Gunnar"), foi o primeiro romance histórico de Sigrid Undset, publicado em 1909.

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Situado no início do século XI na Noruega e Islândia, a narrativa abrange o amor trágico entre a altiva Vigdis Gunnarsdatter e o islandês Viga-Ljot.

O livro mergulha em uma série de temas complexos. Trata da violência sexual, expondo a crueldade deste ato e suas consequências devastadoras na vida das vítimas. Mas o verdadeiro fio condutor é a vingança, ilustrando como pode consumir uma pessoa, uma comunidade, um legado.

 

Uma saga que adoraria poder continuar com outras obras da autora. Infelizmente, esta não está traduzida para português, com excepção deste  Vidgis, da trilogia Kristin Lavransdatter, numa velhinha edição da Portugália, da qual só tenho o primeiro volume e do Primavera, numa edição brasileira dos anos 60.

 

Tinha esperança que a sua entrada no domínio público alterasse isso, mas como sempre, as autoras tendem sempre a ficar esquecidas nos anais da literatura (e não só). 

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Já o referi aqui que, volto a Tormes, a Jacinto e a Zé Fernandes quase todos os anos. A releitura de A Cidade e as Serras é um dos meus confortos literários. 

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Mais recentemente, comecei a releitura a partir do momento em que Jacinto decide ir a Tormes. 

 

Para quem não conhece, A Cidade e as Serras é uma obra de Eça de Queiróz, publicada (1901) após a sua morte (1900). Notabilizado pela crítica social contundente, o  Eça de Queiróz de A Cidade e as Serras é já um humanista. 

Jacinto é um príncipe, não pela sua fidalguia, mas pela grandeza dos seus valores, pelo gentil trato com todos, pela generosidade para com os pobres, pela motivação em elevar tudo e todos consigo. 

Do excesso (cidade) à austeridade (fase inicial em Tormes), até ao encontro do equilíbrio (exterior e interior), assim é o caminho de Jacinto.

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