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A Tale of Two Arthur é mais uma novela gráfica da Europe Comics com texto de Nine Antico e arte de Grégoire Carlé.
Os dois Arthur são Jack Arthur Johnson e Arthur Cravan, que lutaram numa prova de boxe em 1916.
O livro começa em 1899, num contexto de segregacionismo nos EUA, com negros vendados que são usados como entretenimento, em lutas de boxe.
Um desses negros é John Arthur Johnson foi um pugilista americano, que entrou para história ao ter se tornado o primeiro boxeador negro campeão mundial dos pesos-pesados, título que, até então, era vedado às pessoas de cor.
É um retrato interessante de um desportista que viveu numa época em que o sistema seria a sua maior batalha, filho de um ex-escravo e que chegou a ser preso por violar a Lei Mann, que proibia alguém de transportar uma mulher através das fronteiras do estado para "fins imorais".
Ora, a imoralidade das suas relações consistia no facto de este se relacionar com mulheres brancas (incluindo três esposas).
Por causa da forte componente de boxe, será uma novela gráfica que, certamentente, irá fazer as delícias de amantes de desporto.
Por vezes, aparecem aqueles livros que estão há anos na nossa TBR e, depois de lidos, ficamos a pensar nas outras centenas de livros absolutamente maravilhos que nos aguardam.
The Zolas, é um deles. Há dois anos na minha lista de responsabilidades da NETGalley, estava por ler, esta novela gráfica da prestigiada Europe Comics, é uma pequena jóia.
The Zolas, tem arte de Alice Chemama e texto de Méliane Marcaggi e acompanha a vida de Émile Zola, desde o momento em que conhece a sua futura esposa - Alexandrine, até à sua eternização no panteão francês.
A história começa, precisamente com Édouard Manet a pintar o seu (escandaloso) Dejeuner sur l'Herbe que, mais tarde seria exibido no Salon des Refusés, onde eram expostas as obras de arte recusadas no salão oficial, que era destinado aos artistas membros da Real Academia Francesa de Pintura e Escultura.
Alexandrine é a modelo que se vê ao fundo, a banhar-se no rio.
A novela desenrola o relacionamento de ambos, desde os seus primórdios, em que Alexandrine se destaca como impulsionadora da carreira de Zola, com recursos e inspiração para as suas personagens da saga Os Rougon-Macquart, de onde se destaca a obra Germinal, considerada a sua Magnum Opus.
Infelizmente, a sua dedicação é retribuida com infidelidade e dois filhos ilegítimos (dele), que ela viria a assumir depois da morte do autor.
É um livro interessantíssimo que acompanha um período aureo da arte franscesa e que acompanha a vida do autor, que vai sendo pontuada pelas suas obras.
Decididamente, fiquei contagiada com a vontade de ler Émile Zola, que melhor conhecia pelo seu J'accuse, relacionado com o caso Dreyfus e culminou na sua condenação por difamação e subsequent exílio.
Cof... cof...
hoje descobri uns papelinhos num frasco, que seriam um desafio literário qualquer, para sortear... e que me esqueci que estavam ali.
Estou a 5 livros do meu objectivo anual MÍNIMO de 52 livros. E não me venham com o "a qualidade é que importa", porque a qualidade não está nas horas que passei no IG a ver vídeos. I rest my case.
Conhece-te a ti mesma
52 livros anuais é um número que reflecte o meu estilo de vida e hábitos de leitura. Se for inferior a isso, significa que tive a fazer outras coisas... e eu sei que as outras coisas foram um mau aproveitamento do meu tempo.
Se tivesse sido uma boa alternativa do tempo gasto (nem que essa tivesse sido apenas descansar), então não importaria que tivesse lido apenas 1. Mas não foi esse o caso.
Ainda tenho 3 novelas gráficas, desde 2020 (ups!!!) no Netgalley, pelo que espero diminuir o saldo negativo até 31 de Dezembro.
E duas caixas de livros de bolso de ficção científica e policiais, para me entreter.
Sim... é muito possível que leia 5 livros até ao final do ano.
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