Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Interpreter of Maladies - Jhumpa Lahiri
Fazia parte da minha lista de adiados.
Esta colecção de contos venceu, entre outros, um Prémio Pulitzer e estava à minha na minha lista de livros a ler.
Nos contos que compõem a obra, várias personagens indianas ou de ascendência indiana, vão vivendo entre a tradição e o mundo moderno, tentando manter a sua identidade ou, pelo contrário, afastando-se dela.
Uma belíssima colecção de contos.
A Águia e os Lobos - Simon Scarrow
Por agora, despeço-me da série. Li 4 e começou a soar um pouco repetitivo. Por isso, decidi vender a coleção.
The death of the necromancer - Martha Wells
Ouvi porque sou uma entusiasta seguidora da série MurderBot Diaries. Pensei que também fosse ficção científica, mas é fantasia.
Imaginam Sherlock Holmes com Conde de Monte Cristo, num ambiente vitoriano com feiticeiros? Basicamente é isso.
Acho que perde imenso na versão audio porque é muito evocativo de um mundo visual. Uma leitura mais passada, ter-lhe-ia feito mais justiça.
O amante japonês - Isabel Allende
Allende volta aos romances que atravessam gerações.
Alma Belasco é uma jovem polaca que os pais enviam para a casa de familiares, para a colocar a salvo da invasão nazi (1939). Ichimei Fakuda é o jovem de quem se terá de separar, quando é enviado para os campos de internamento (concentração?) norte-americanos para japoneses.
O romance de ambos é revivivo por Alma na sua velhice, numa instituição com apoio de vida, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária ucraniana, por quem o seu neto se apaixona.
Mas este livro é, acima de tudo, um belíssimo livro sobre a velhice.
Poucos idosos estão contentes, Irina. A maioria passa dificuldades, não tem boa saúde nem família. Esta é a etapa mais frágil e difícil da vida, mais do que a infância, porque piora com o passar dos dias e não tem outro futuro senão a morte.
Há um ano tropecei em John Brunner, mas nunca tive livros para me embrenhar no autor. Depois descobri que tinha um livro - O enciclopedista.
Sobre Brunner, o New York Times diria: Brunner escreve sobre o futuro como se você estivesse a vivê-lo.
Mas vamos ao livro.
Sinopse (copiada por preguiça mental):
Depois do sol explodir, reúnem-se num planeta desconhecido e inóspito duas colunas de refugiados... e também o confronto e o conflito entre dois sistemas divergentes de vida. De um lado as angústias da luta pela sobrevivência, compartilhadas por todos, agravadas por alguns, custosamente ultrapassadas no esforço de cada dia; do outro, o domínio de uns poucos, o sonho do vão regresso ao passado, as grilhetas da escravidão. Entre elas o enciclopedista que tudo sabia mas... em simuladores.
Antes de mais, um disclamer: este livro é sexista como o caraças. As mulheres entram em 3 categorias: histéricas, manipuladoras e p****.
Pondo isso de parte, é um fantástico livro sobre náufragos espaciais, que têm de reconstruir uma sociedade num novo mundo, pouco hospitaleiro. John Brunner constrói os arquétipos que emergem numa sociedade e é assustadora a sua actualidade. Ou talvez não, porque humanos são humanos, desde tempos imemoriais.
A forma como emergem os líderes de uma sociedade, surge como umo fio condutor.
O capitão da nave, líder em função do seu cargo hierárquico, o médico ancião, respeitado por todos, o administrador, que tenta dividir para reinar e finalmente o enciclopedista, que representa a ciência e a racionalidade.
É um livro fantástico e, apesar disso, é opinião generalizada de que nem será um dos melhores do autor.
John Brunner abriu-me o apetite para ficção científica. Felizmente tenho uma caixa de livros da colecção Argonauta para descobri.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.