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1.
A ler
(Finalmente) Terminei o segundo volume da trilogia Wolf Hall. Anne Boleyn morreu e com o terceiro volume começa a ascenção de Jane Seymour.
2.
Eu adoro leitores com blogs.
No Horizonte Artificial (Interrupção à normalidade) descobri algo que desconhecia: o Ensaio sobre a Lucidez, de José Saramago "é quase uma sequela, com pontos de ligação à história e personagens" do Ensaio sobre a Cegueira.
3.
Listas de livros
35 Must-Read Books About Racism [BookRiot]
Há mais de 10 anos, antes de Harry Potter, J.K. Rowling (que nunca visitou a Lello), escreveu uma história infantil a que deu o título The Ickabog.
Decidiu agora disponibilizá-la, gratuitamente, em www.theickabog.com
over the last few weeks I’ve done a bit of rewriting and I’ve decided to publish the Ickabog for free online, so children on lockdown, or even those back at school during these strange, unsettling times, can read it or have it read to them.
Com a divulgação do livro (em capítulos), pediu às crianças que ilustrassem o livro e tem partilhado as ilustrações na sua conta de Twitter.
Também penso frequentemente em Jacinto, uma personagem encantadora, pela sua ingenuidade, que se deixou render pela bucólica vida das serras (uma poesia pastoral que está quase sempre reservada para pessoas de posses), onde viria a encontrar a felicidade.
Sonho frequentemente com isso: mudar-me para uma qualquer serra. Viver com umas galinhas e com os meus livros.
Outra personagem (real) que também nunca esqueci, é Débora, a filha de Henrietta Lacks (A vida imortal de Henrietta Lacks), marcada pela ausência de uma mãe sempre presente e pela injustiça do que esta representava:
(...) sempre pensei que era estranho, se as células da nossa mãe fizeram tanta coisa pela medicina, porque razão a família dela nem sequer tem dinheiro para ir ao médico? Não faz sentido. As pessoas ficaram ricas à conta da minha mãe sem que nós soubéssemos que lhe tinham tirado as células, e agora não vemos um tostão. Costumava ficar tão zangada com isso que adoeci e tive de tomar comprimidos. Mas já não tenho forças para lutar. Só quero saber quem foi a minha mãe.
Em suma, concluo que as personagens não permanecem comigo tanto pelo que são, mas pelos momentos marcantes que representam: o desespero da pobreza e a fome que tanto me assustam e causam compaixão; o deixar tudo para encontrar a felicidade num outro mundo; a injustiça e o amor filial.
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