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Ler e Partilhar Livros
O livro intitula-se " Humildes que trabalham (Reportagens), de Armando Gonçalves, reproduzindo reportagens publicadas no "O 1º. de Janeiro. Segue o indice:
-MULHERES- "as barqueiras", "as carregadoras de areia", as sardinheiras", " as sargaceiras", "as leiteiras", "as guardas da linha", "as carquejeiras", "as cascalheiras", "as recolhedoras de carvão", "as descarregadoras de sal", "as carregadoras de carvão" e "as carregadoras de paralelipipedos".
- HOMENS - "Numa locomotiva do directo do Porto a Barca de Alva", "os mineiros da lousa" e "o homem dos fantoches".
Não se escreve tão bem como o Vasco escrevia sem ter lido muito, diariamente, durante muitas décadas. E é esta a parte dele que muita gente pode e deve copiar.
Eu sou um pouco adversa à dicotomia livro-literatura vs. livro-entretenimento. Pressupõe que a literatura/arte não pode entreter e que um livro que tenha como objectivo o entretenimento, não possa ser uma obra literária de qualidade.
Quando é que um livro é considerado literatura, no sentido de arte, em vez de puro entretenimento?
Uma moderadora de um podcast literário que só agora comecei a ouvir, ofereceu a sua proposta simplificada: um livro é arte (=literatura), quando responde às "grandes questões". Ela não refere quais as questões, mas acho que se subentende que serão as grandes questões da humanidade (que incluem o espaço que habita).
Mas deixa também claro que isso é distinto de género literário e que, por exemplo, uma novela ou um romance gráficos poderão ser literatura, precisamente porque tratam dessas "grandes questões".
Eu acrescentaria que um livro também poderá ser arte, pela excelência na forma como trata a palavra e/ou a linguagem.
Em todo o caso, é a vantagem dos livros, podem ser aquilo que precisamos que sejam, em cada momento da nossa vida.
E se pensarmos bem, a definição de arte diz-nos que é uma actividade humana de manifestação artística e, por isso, é tão subjectiva como os humanos que a produzem e a criticam.
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