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Ao contrário do habitual mês de calhamaços, Janeiro está a ser um mês de pequenos (grandes) livros. As últimas leituras foram dois livros da série Dragonriders of Pern, de Anne McCaffrey: Os Renegados de Pern e Uma Nova Esperança em Pern.

Na cronologia da história, continuo na 9ª passagem dos fios. Infelizmente, são os últimos que tenho dessa secção.

Os outros dois que existem da 9ª passagem (e que eu não tenho) possuem críticas bastante más. Para fazerem uma ideia, no último que li, morre uma personagem importante. No seguinte, como é escrito na perspectiva de outra personagem, volta a estar vivo. E depois, volta a morrer...

É um disparate. A autora não foi capaz de deixar as personagens e encerrar a história. Escreveu sobre Pern uma boa parte da vida, que depois continuou com os filhos.

Mas uma coisa é certa, é uma das melhores séries que já li, ao nível do Harry Potter e francamente surpreende-me que seja tão desconhecida por cá.

Não sei quanto a vós, mas este coronavirus começa a assustar-me. Não por mim, mas pela minha mãe que é uma doente crónica. Começo a pensar se as rupturas de medicação se vão agudizar, nas idas ao hospital, etc. 

Naturalmente, fez-me pensar num dos meus livros preferidos. Um dos livros que pedi à minha biblioteca para comprar.

Fica a sugestão.

Kirsten Raymonde nunca conseguiu esquecer a noite em que Arthur Leander, um ator famoso, morre no palco quando representava O Rei Lear. Foi nessa fatídica noite que teve início uma pandemia de gripe que veio a destruir, quase por completo, a humanidade. 20 anos depois, Kirsten é uma atriz de uma pequena trupe que se desloca por entre as comunidades dispersas de sobreviventes a representar peças de Shakespeare e a tocar música. No entanto, tudo irá mudar quando a trupe chega a St. Deborah by the Water.

Abrangendo várias décadas e retratando de forma fulgurante a vida antes e depois da pandemia de gripe, este romance repleto de suspense e emoção confronta-nos com os estranhos acasos do destino que ligam os seus personagens. Estação Onze fala-nos das relações que nos sustentam, da natureza efémera da fama e da beleza do mundo tal como o conhecemos.

Vencedor do Arthur C. Clarke Award - Finalista do National Book Award - Finalista do PEN/Faulkner Award - Finalista do Women's Prize for Fiction (e inúmeros outros)

O prémio literário Costa foi para Jack Fairweather, um ex-repórter de guerra, com The Volunteer.

Trata-se de uma biografia de Witold Pilecki, um membro da resistência anti-nazi polaca, que se infiltrou como prisioneiro em Auschwitz, para revelar seus horrores ao mundo. Ficou aí preso durante mais de 2 anos.

Já não sobreviria a Estaline que o mandou executar por espionagem.

O livro de memórias de Witold Pilecki também existe e foi vencedor dos prémios Prose e Benjamin Franklin para melhor Biografia/Memória do ano.