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Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
38. A Proper Scandal, Esther Hatch WWW
39. A Coroa (Cristina Lavransdatter #1), Sigrid Undset [#NobelWomen] B
40. The mistress of Husaby (Cristina Lavransdatter #2), Sigrid Undset [#NobelWomen] E
41. A Cruz (Cristina Lavransdatter #3), Sigrid Undset [#NobelWomen] B
42. Edinburgh, Alexander Chee WWW
43. Maria não me mates que sou tua mãe, Camilo Castelo Branco E
44. Nimona, Noelle Stevenson E
45. Dentes de rato, Agustina Bessa-Luís B
46. One night of passion, Erica Ridley WWW
47. Super fun sexy times, Meredith McClaren WWW
Julho
48. 1984, George Orwell [releitura] E
49. NonNonBa, Shigeru Mizuki B
50. Desperdício Zero, Bea Johnson B
51. No One Is Too Small to Make a Difference, Greta Thunberg E
52. The Vagina Monologues, Eve Ensler [audiolivro] WWW
53. The Library Book, Susan Orlean [audiolivro] WWW
54. Three Women, Lisa Tadeo [audiolivro] WWW
55. O melhor da sua vida, Mary Lynn Baxter E
Agosto
56. A quinta avenida, Anna Katharine Green E
57. Rebel, Beverly Jenkins E
58. Miracle Creek, Angie Kim WWW
59. Appalachian Serenade, Sarah Loudin Thomas WWW
60. Black Paradise, Veerle Hildebrandt WWW
61. The Earth Moved: On the Remarkable Achievements of Earthworm, Amy Stewart [audiolivro] WWW
62. Worms Eat My Garbage: How to Set Up and Maintain a Worm Composting System, Mary Appelhof e Joanne Olszewski WWW
63. Elma, a Bear's Life, Ingrid Chabbert e Léa Mazé WWW
64. Ana Karenine, Leo Tolstoy E
65. Best Women's Erotica of the Year, Volume 5, diversas WWW
66. Meu pé de laranja lima, José Mauro de Vasconcelos E
67. The Good Body, Eve Ensler E
Setembro
68. Bury the Lede Original, Gaby Dunn WWW
69. Education, Tara Westover [audiolivro] WWW
70. Atomic Habits, James Clear [audiolivro] WWW
71. As Metamorfoses, Agustina Bessa-Luís B
72. Balada de Amor ao Vento, Paulina Chiziane E
73. Comer/Beber, Filipe Melo e Juan Cavia B
74. This Wound Is a World, Billy-Ray Belcourt WWW
75. Binti (Binti #1), Nnedi Okorafor WWW
76. Demasiada Felicidade, Alice Munro B
77. Objectivos do Milénio: Vencer os Medos, vários B
78. Roadside Picnic, Arkady Strugatsky e Boris Strugatsky B
79. Saga (Saga, #4), Brian K. Vaughan e Fiona Staples E
Outubro
80. Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago E
81. Silas Marner, George Eliot E
82. North And South, Elizabeth Gaskell E
83. Digital Minimalism: Choosing a Focused Life in a Noisy World, Cal Newport WWW
84. De Profundis, Oscar Wilde E
Novembro
85. Guardas de passagem de nível, Carlos Cipriano E
86. Os últimos marinheiros, Filipa Melo E
87. Os Miseráveis, 2º Volume, Victor Hugo E
88. Ultralearning, Scott Young WWW
89. A cidade e as serras, Eça de Queiróz E
90. Heroínas Portuguesas, Fina d´Armada E
Dezembro
91. Encontros arriscados/Nicola Marsh, Contemplando o passado, Rebecca Winters, Casamento glamoroso/Margaret Way E
92. Fogo vivo/Crystal Green, Destinos selados/Crystal Green E
93. The Duke's Embrace, Erica Ridley WWW
94. A porteira, a madame e outras histórias de portugueses em França, Joana Carvalho Fernandes E
95. Silêncios de Amor, Jem Lester
Actualizado em 10/12/2019
Fina d´Armada é o pseudónimo da historiadora Josefina Moreira, natural da Quinta d' Armada.
Dividido em três partes, dos períodos da expansão marítima ao estado novo, Fina d´Armada biografa mulheres que de destacaram por contrariar os espartilhos da sua época.
O flagrante esquecimento a que foram votadas, chega a ser chocante. Eu sei que, durante a escola, numa me falaram de Leonor de Menezes, um governadora de Ceuta, no séc.XV, ou da Infanta D. Beatriz que foi governadora da Ordem de Cristo por Bula Papal. E são histórias absolutamente fascinantes.
O período da expansão, com os seus heróis, sempre me foi apresentado no masculino. Que o continuem a fazer, é um sinal de que, como muitas vezes repara a historiadora, continuamos a ter de lutar por espaço na sociedade em que vivemos. Neste caso, a que os nossos (mulheres) feitos sejam tão celebrados como os dos homens.
Não resisto a citar um trecho, relativo à Infanta D. Beatriz:
(...) pela documentação dos arquivos dos Açores, ela governou o império atlântico melhor que o marido, até que o Infante D. Henrique. Não sou eu que o digo, mas a documentação estudada por Manuel Arruda.
A colonização açoriana iniciou-se em 1439, mas
- "A organização das capitanias só foi realmente uniformizada em 1474, no governo da Infanta D. Beatriz."
- "A administração desta Infanta foi de resultados práticos e imediatos."
- Durante o seu governo, as ilhas açorianas "mais povoadas revivem do estado de semi-abandono, ou melhor de inação, em que estiveram nos governos anteriores".
- "As capitanias das ilhas povoadas mais adiantadas - Santa Maria, São Miguel, Terceira - tomam um carácter novo e são organizadas debaixo do mesmo plano que fora adoptado nas suas congéneres do Arquipélago da Madeira".
- "Na colonização açoriana desenvolve, com a sua energia e espírito de organização e disciplina, a regularização administrativa das capitanias destas ilhas... as dadas das sesmarias, os forais, e almoxarifados e as organizações eclesiásticas uniformizam-se durante o seu governo.
Não é um livro prefeito, com algumas secções excessivamente repetitivas e trechos em que a sua voz/opinião eram (para o meu gosto pessoal) eram demasiado intrusivas. Mas trataram-se de situações pontuais porque a escrita é fluída e a leitura muito agradável.
É inquestionável que o livro foi (para mim) um abrir de portas. Cada capítulo um novo tema a explorar, um novo livro para ler.