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Quando li pela primeira vez, tive de reler para perceber se não teria percebido mal (a hora era tardia). Mas não, confirma-se que o Marcelo se passou dos carretos.

“Não precisava do Prémio Nobel da Literatura para ser quem era”, disse no encerramento do colóquio. “Isso ficou mais claro quando a Pléiade o reconheceu e o chamou ao Olimpo. [António Lobo Antunes] entrou no Olimpo. Não há que esperar notícias dessa capital da Europa nórdica. Não importa, é perda de tempo”, acrescentou o Presidente da República.

 

Cá para mim, ele nunca lhes perdoou o Dylan.

A Elisa Santos (MiudaGeek) decidiu começar dois desafios literários: ler cânones da literatura portuguesa (com enfoque naqueles que parecem estar mais esquecidos) e ler livros relacionados com a história de Portugal.

Começou em Setembro, mas em Outubro ainda vão muito a tempo.

A autora "cânone" de Outubro será Agustina Bessa-Luís. O tema "historiquices" será a Ínclita Geração.

E logo agora que estava a concluir que as minhas leituras andavam demasiado anglo-saxónicas.

E um dos livros será As novas cartas portuguesas, das três Marias.

As minhas Historiquices: terminar de ler "Portuguesas com história, séculos XIV e XV" de Anabela Natário onde constam Filipa de Lencastre e Isabel de Portugal.

Se ainda for a tempo, porque tenho outras leituras em mente para os próximos dias, lerei A Síbila, de Agustina Bessa-Luís.

Como sou compradora de livros usados, deparo-me imensas vezes com dedicatórias aos/às seus/suas anteriores/as proprietários/as.

Mas ontem, ao pegar num Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) que me foi oferecido à mais de 20 anos, li a dedicatória que me deixaram:

Este livro é para te ocupar durante as noites longas e solitárias, já que neste momento não tens mais nada com que te entreter. Mas não desanimes, porque já faltou mais. Embora aconselho-te a apressares-te. 

Sem mais, por agora

Um grande beijo

Esta dedicatória, não a soube ler na altura.

Hoje, vejo tudo aquilo que viria a descobrir muito mais tarde. Há pessoas só se engrandecem colocando-te o mais rente ao chão que puderem.

Sem mais, por agora.