Tome Infinity and Beyond #3

Lidos

A ler

Há humanos que deveriam ser cancelados

Ultimamente discute-se a "cancel culture" que, grosso modo, se traduz numa forma de boicote digital de alguém, pelo seu comportamento negativo, de modo a gerar consequências.

Uma das consequências mais frequententes, é que essa pessoa perca o emprego e seja,  no global, cancelada ou socialmente excluída.

Claro que, como devem imaginar, essa mentalidade de matilha tende a ser violenta, ofensiva e até incorrer em actos ilegais (ameaças, violação de privacidade, etc...).

Eu optei por evitar os espaços que levam, com facilidade, a este tipo de boicotes e reacções, demasiado rápidos para serem sempre justos ou acertarem os alvos.

Mas isso não significa que seja contra a ideia geral de que se boicote uma pessoa que tem um comportamento anti-social.

Eu não vou manter uma pessoa racista, xenófoba, homofóbica, misógino e/ou afins, no meu círculo de amizades e convidá-la/o para a minha casa.

Da mesma forma, não vou comprar livros de um/a autor/a que evidencia ser um/a ser humano ofensivo  ao nível dos mais elementares direitos humanos (não confundir com a polícia da moral e dos bons costumes).

Por isso, arrepiou-me descobrir que existe um grupo de autores de ficção científica (os auto-intitulados SIGMA) que aconselham o departamento de segurança interno norte americano.

Interessante, não é?

Seria, se não fosse constituído por humanos que sugerem coisas como: para evitar as sobrecargas nos acessos às urgências de hospitais, deveriam criar rumores junto das comunidades latinas, de que se estavam a retirar órgãos ilegalmente nesses hospitais.

Niven said a good way to help hospitals stem financial losses is to spread rumors in Spanish within the Latino community that emergency rooms are killing patients in order to harvest their organs for transplants. [Daqui]

 

A lista dos autores deste tipo de soluções pode ser encontrada aqui.

Os melhores

Listas dos melhores

Os críticos literários do The Guardian criaram uma lista com (aqueles que acreditam ser) os 100 melhores livros do século 21. Uma lista muito angloxaxónica, diria eu.

No topo da lista está Wolf Hall de Hillary Mantel, cujo fecho da trilogia é a publicação deverá ser a mais aguardada de 2020 (em Março).

A seguir, Gilead de Marilynne Robinson. Mais um excelente livro, na minha modesta opinião.

Prémios dos melhores

Será que António Lobo Antunes alguma vez receberá um prémio Nobel?

Bernard-Henri Lévy considerou António Lobo Antunes “um dos escritores maiores do nosso tempo, todas as línguas incluídas”, e afirmou que há poucos escritores vivos que ele coloque tão alto. E durante uma hora analisou a obra do português, dando algumas recomendações para os leitores: leiam-no pensando que se trata de um músico, pensando no seu trabalho de escrita e deixando de lado todos os preconceitos de que se armaram antes de começar a leitura.

O Público

Outubro literário

Outubro será um mês rico em prémios literários:

08/10 - Anúncio dos/as finalistas (shortlist) do National Book Awards.

10/10 - Anúncio dos/as Nobel da Literatura de 2018 e 2019.

14/10 - Anúncio do/a vencedor/a do Man Booker Prize.

A vida não é só feita de livros

Voltou um dos melhores podcasts que conheço -  Heavyweight. Se vão começar a ouvi-lo, o último episódio é excelente (#24 Jimmy and Mark ) e o segundo episódio é verdadeiramente épico (#2 Gregor).

Mas imploro que ignorem a série de verão: Heavy Wait Diaries. É horrível. Epicamente horrível.

E acabo de descobrir que o SCRIBD* tem o The Water Dancer, do Ta-Nehesi Coates e uma nova secção de beneficios para membros que inclui o acesso a um serviço de filmes independentes (MUBI).

Será que é desta que ouço o meu primeiro livro de ficção?

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