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Considerando que, durante 2017 e no que respeita a ficção, vou apenas ler autores/as de língua portuguesa, este finalzito de ano vai ser para a ficção estrangeira.
Estação Onze - Emily St, John Mandel
Uma distopia de ficção científica que venceu o prémio Arthur C. Clark, e que eu pedi à minha biblioteca preferida para comprar. Uma pandemia de gripe que veio destruir, quase por completo, a humanidade...
Quem tem bibliotecas assim, tem o mundo.
O livro negro - Hilary Mantel
Este livro vermelho continua onde terminou Wolf Hall, com Henrique VIII a decapitar esposas como quem muda de camisa.
Com Wolf Hall e O livro negro, Hilary Mantel tornou-se a primeira autora britânica a receber dois Man Booker Prize. E depois de ler Wolf Hall sou da opinião que foi bastante merecido. É um fantástico trabalho de ficção histórica.
A cabana do pai Tomás - Harriet Beecher Stowe
Este é uma daquelas escolhas "não acredito que nunca li este livro". Tenho alguns nesse grupo.
A noite de Natal - Sophia de Mello Breyner Andresen
No ano passado, se a memória não me falha, Dezembro foi para ler os Contos de Natal de Dickens, pelo que me parece muito apropriado aproveitar que tenho A noite de Natal e reler Sophia de Mello Breyner Andresen.
E ainda... a minha estante de autoras ainda não lidas.
Portugal: Os números, Maria João Valente Rosa e Paulo Chitas
Portuguesas com história, séculos XVI e XV (vol. 2), Anabela Natário
Portuguesas com história, séculos X e XIII (vol. 1), Anabela Natário
Saga, Sophia de Mello Breyner
História do Porto - vol.1, Joana Sequeira
A sexta extinção, Elizabeth Kolbert
A infanta rebelde, Raquel Ochoa
A de Açor, Helen Macdonald
A rapariga no comboio, Paula Hawkins
Assombro, é a palavra do mês do Novembro. Propus-me continuar a ler mulheres, tentar ler mais da estante, mais autoras portuguesas, mais não ficção.
É estranho concluir que ao limitar as minhas leituras (na verdade, mais correcto seria dizer que estou a concentrar as leituras), acabo por alargar os meus horizontes como leitora. Descubro temas, individualidades, autoras e até formas de escritas que não me era habitual ler. Não só, estou a ler mais, como estou a ler melhor (para mim).
Portugal em números
O meu mini livro de bolso, Portugal: os números - foi uma surpresa. Basicamente, são dados estatísticos do Pordata, mas estruturados e analisados de uma forma muito interessante. Achei particularmente instrutivo, cruzar a leitura com as discussões sobre o orçamento de Estado.
No fundo, uma realidade que qualquer cidadã activa deveria conhecer. Foi assim que senti este livro, como parte da minha instrução com cidadã.
História de Portugal
Foi na estante que encontrei duas colecções de livros que havia relegado ao esquecimento: Portuguesas com história e História do Porto. Redescobri a nossa história, descobri nomes que não chegam a ser mencionados nos nossos manuais escolares, apesar de instrumentais na génese da nossa independência nacional, descobri que não sabia nada da história da minha cidade e que muitos dos conceitos que aprendi na escola, estão muito desactualizados ou exagerados.
Coincidir a leitura, de livros de história de portuguesas nos séculos X a XIII, com um livro de história da minha cidade, para o mesmo período, foi tão instrutiva como surpreendente.
Na verdade, poderia jurar que ouvi os neurónios a trabalhar dentro do crâneo - também eles ficaram impressionados.
Comecei a criar uma lista de leitura, apenas com o propósito em mente de ler mais sobre a história de Portugal. Porquê? Porque é fascinante e tem "personagens" fascinantes.
Por exemplo, ainda com a trindade em mente (mulheres, não ficção, nacional), chego ao A infanta rebelde de Raquel Ochoa. Continuo com grandes mulheres enquanto os EUA elegem Trump... parece-me adequado.
Não ficção por autoras estrangeiras
Passo para os livros de não ficção por autoras não nacionais. BINGO! Dois livros magníficos, que recomendo a todas/os:
A sexta extinção, Elizabeth Kolbert
Ficção
Mas também li ficção.
A Saga - Sophia de Mello Breyner, para acompanhar as leituras escolares da minha sobrinha. Um pequeno conto, lindíssimo, que recomendo. Um livro triste, sobre vidas incompletas, frustradas e que dificilmente será compreensível para quem viveu menos de 15 anos e tem toda uma vida de esperanças pela fente.
Li a badalada A rapariga no comboio de Paula Hawkins, que com tanto buzz, conseguiu suscitar a minha curiosidade. Depois de esperar a minha vez, nas reservas da biblioteca, passei a poder dizer que também li.
Não há um único livro que sinta ter desperdiçado tempo de leitura. Cresci com todos, tive prazer em ler com todos - até o mini-livro que só tem estatísticas (sou uma geek - gosto de tabelas e gráficos, que querem que vos diga?).
Novembro foi um assombro.
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