Uma das coisas com que fico, quando vejo vídeos de alguns/mas booktubers é inveja. Mas uma inveja saudável, pelas quantidades de livros lidos, comprados ou recebidos.
Como diz Gretchen Rubin, a inveja é uma pista importante para o que realmente desejamos na vida, porque "as pessoas que invejas são aquelas que têm aquilo que tu queres".
Ontem li um livro num dia (com enxaqueca pelo meio). Não foi uma tentativa de bater um recorde de leitura, foi simplesmente por não conseguir parar de ler. Parar de ler uma aventura de Poirot (Agatha Christie) é muito, muito, muito difícil.
Por vezes, pergunto-me se os programas de incentivo à leitura não deveriam prestar melhor atenção aos policiais - não há nada mais viciante e indutor à leitura do que um livro que desejamos ardentemente terminar porque queremos saber como termina.
De volta à minha estante. Não costumo preocupar-me com números de livros lidos, embora tente fazer uma média de 1 livro por semana, para bem das minhas células cinzentas.
Mas um dos meus livros pode ter entre 20 a 1000 páginas - não sou esquisita.
Não leio pela métrica da coisa, mas gosto de ter o número como referência porque me recorda que estou a dar prioridade ao que não devo, a.k.a. tempo a passear pela internet sem qualquer mais valia.
E vamos ser honestas/os: não é a actividade de "surfar na web" que irá fazer diminuir 2.5 vezes a probabilidade de desenvolver Alzheimer.